sábado, 6 de outubro de 2012


OS TRILOBITES

Os Trilobites são artrópedes característicos do Palezóico, conhecidos apenas do registo fóssil. O grupo, classificado na classe Trilobite da sub-classe Trilobitomorpha, é exclusivo de ambientes marinhos.
longitudinalmente, em três partes:





  • Cefalão, ou escudo cefálico, constituía a zona anterior da carapaça do animal, incluía os olhos e peças bucais, mas também boa parte do tubo digestivo do animal, e era inteiriço, não articulado;
  • Tórax, zona intermédia, articulada, constituída por um número variável (de dois a mais de 20) de segmentos idênticos;
  • Pigídio, ou escudo caudal, a zona posterior da carapaça, que inclui, em algumas espécies, espinhos e ornamentação variada. O pigídio era, também, uma peça única.


Ao longo do crescimento, os trilobites sofriam várias mudas, descartando sucessivos exosqueletos, tal como sucede com muitos artrópodes atuais. Desta forma, um único organismo pode ter dado origem a vários somatofósseis. Em média, os trilobites atingiam entre 3 a 10 cm de comprimento, mas em alguns casos poderiam chegar a cerca de 80 cm de comprimento.


Os trilobites eram, em sua maioria, animais marinhos bentônicos, que viviam junto do fundo em profundidades variáveis entre os 300 metros e zonas pouco profundas, perto da costa, contudo, havia também formas planctônicas. Sua alimentação poderia ser detritívora, filtradora ou carnívora (predadora ou carniceira). Os trilobites existiram do Cambriano até ao Permiano. No Cambriano ocuparam o topo da cadeia alimentar.


O seu sentido da visão era extremamente apurado e foram os primeiros animais a desenvolver olhos complexos. Havia dois tipos principais de olhos de Trilobites, cada um composto por lentes frágeis que eram formadas por cristais de calcita; muitos tinham olhos holocroidais, similares aos compostos dos insetos de hoje; estes olhos formavam imagens difusas de qualquer coisa em movimento. Já alguns trilobitas possuíam olhos equizocrodiais, que tinham lentes amplas e arredondadas, estes sim produziam imagens muito bem definidas de coisas e objetos.[1] No equizocrodial cada lente ampla possuía sua própria córnea que a encobria e estava isolada por uma esclerótica, que agem como uma pele espessa entre todas as lentes. Já no holocroidal as lentes se tocam, pois não há esclerótica, e a córnea é uma cobertura transparente na frente das lentes, sendo que as lentes não possuíam a sua própria; estas lentes transmitiam luz para os receptores nos olhos permitindo que o trilobita enxergasse.


As pistas deixadas pelo deslocamento dos trilobitas sobre o fundo mole, são conhecidas como Cruziana, Rusophycus e Diplichnites, sendo que a primeira foi produzida quando o animal se deslocava mais lentamente, alimentando-se revolvendo o sedimento, a segunda foi gerada pelo repouso temporário deste sobre o fundo marinho e a última em deslocamento mais rápido, sem se arrastar no sedimento, sendo que alguns achados mostram-se juntamente com seus produtores e são muito importantes para a icnologia. Os trilobites surgiram no início do Paleozóico, no Período Cambriano, e desapareceram no fim, no Período Permiano, na extinção permotriástica. O grupo tem importância estratigráfica como fósseis de idade no Cambriano.
Fontes de pesquisa: Google - Wikipédia
Unknown (Frederico Fung)

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