Descobertas as duas supernovas mais distantes no Universo
A revista Nature noticiou a descoberta das duas
supernovas mais distantes no Universo.
Os astrofísicos referem que a formação destas estrelas
deu-se imediatamente depois do 'Big Bang', há 10 mil ou 12 mil milhões de anos,
numa altura em que o Universo era três vezes mais pequeno do que na atualidade.
As supernovas descobertas caracterizam-se por um
brilho até cem vezes superior ao de uma supernova normal.
Os dois astros observados pela equipa de astrofísicos
da Universidade de Tecnologia de Swinburne, em Melbourne, Austrália, resultam
da morte de um par de estrelas com massa 100 a 250 vezes superior à do Sol. A
explosão de uma destas supernovas teria poder para travar o processo de
formação de um conjunto significativo de estrelas ou, em contrapartida,
proporcionar o material necessário para acelerar este fenómeno.
A descoberta sugere que a formação de
supernovas era um fenómeno mais frequente nas primeiras etapas da história do
Universo, o que as torna num objeto de estudo para compreender a diversificação
que ocorreu depois do 'Big Bang'.
"Pouco depois do 'Big Bang' só havia hidrogénio e
hélio no Universo. O resto de elementos que podemos ver hoje em dia, como o
carbono, o oxigénio e o ferro, foi produzido no núcleo das estrelas durante as
explosões das supernovas", explicou Jeff Cooke.
Deste modo, as primeiras estrelas que apareceram
depois do 'Big Bang' produziram os materiais necessários para o longo processo
de formação do Universo, que deu origem a uma grande variedade de galáxias,
estrelas e planetas.
Apesar das
supernovas detetadas não pertencerem, possivelmente, à primeira geração de
estrelas do Universo, Jeff Cooke entende que os cientistas estão cada vez mais
próximos de poder observar os astros mais primitivos.
Noticiado
pela Agência Lusa, publicado em 31 Out 2012 http://www.ionline.pt/iciencia/descobertas-duas-supernovas-mais-distantes-no-universo,
acedido em 18/11/12.
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